O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (29) que não cogita se licenciar do cargo por conta das denúncias de que recebeu ajuda de um lobista para pagar pensão a uma filha com a jornalista Mônica Veloso.
"Não, não há nenhuma acusação contra mim", afirmou Renan ao ser questionado pelos jornalistas se pensa em deixar a presidência.
"Não, não há nenhuma acusação contra mim", afirmou Renan ao ser questionado pelos jornalistas se pensa em deixar a presidência.
O senador chegou por volta de 11h20 ao Senado e falou rapidamente à imprensa. Sobre a ausência de documentos que comprovariam a origem de gastos citados por ele no discurso em plenário na segunda (28), Renan afirmou que "já entregou todos os documentos"
Os comprovantes de pagamento de pensão alimentícia apresentados por Renan, no entanto, tratam apenas do período a partir do reconhecimento da paternidade, ocorrido em dezembro de 2005.
No pronunciamento, o senador afirmou que vinha cumprindo com suas obrigações de pai desde a gestação e que, antes mesmo do reconhecimento oficial da paternidade – que só ocorreu um ano e meio após o nascimento da criança – ajudava financeiramente Mônica Veloso.
“Anteriormente a essas datas, prestei assistência à gestante em valor maior, em torno de R$ 8 mil, até o reconhecimento da paternidade, conforme os repasses para a beneficiária. Além disso, honrei com meus próprios recursos o aluguel de uma casa, entre 15 de março de 2004 e 14 de março de 2005.
Posteriormente, arquei com o aluguel de um apartamento, entre março e novembro de 2005, para a gestante”, relatou o senador em plenário. Ele, contudo, não apresentou nenhum documento comprovando esses pagamentos.
Renan Calheiros também contou, sem mostrar provas, ter reservado R$ 100 mil, retirados de suas recursos financeiros pessoais, para arcar com as despesas futuras com a educação de sua filha.
De acordo com a reportagem da Veja, Mônica recebia mensalmente das mãos de Cláudio Gontijo, R$ 16,5 mil, sendo R$ 12 mil na forma de pensão alimentícia e R$ 4,5 mil do aluguel de um apartamento em área nobre de Brasília.
O senador não confirmou nem citou o valor divulgado pela revista.
No dia em que foi publicada a reportagem, o presidente do Senado (e, por extensão, do Congresso) disse que todas as despesas da filha foram pagas por ele. Como parlamentar, Renan recebia salário bruto R$ 12.720.
Ele afirmou ter rendimentos provenientes de atividades agropecuárias, mas não apresentou documentos comprovando o valor dessas rendas.
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